quarta-feira, 15 de junho de 2011

Gincana de Genética

1. Entrevista: http://carollcaastroo.blogspot.com/2011/06/entrevista.html

2.Passar um turno na APAE: http://carollcaastroo.blogspot.com/2011/06/visita-na-apae.html  


3.Ler 10 artigos de genética e fazer fichamento: 

4. Escrever um artigo com 15 referências bibliográficas:
PENSANDO EM FAZER :S

5.Preparar um painel em junho divulgando o seu BLOG:
http://carollcaastroo.blogspot.com/2011/06/meu-painel.html

6.Legendar um vídeo do youtube com tema de genética:
http://carollcaastroo.blogspot.com/2011/06/video-legendado.html


8.Fazer uma marca texto (marca página): 

9.Divulgar no seu blog o trabalho do tópico 2 ou do tópico 6 de ao menos 10 colegas: 
http://carollcaastroo.blogspot.com/2011/06/divulgando-o-trabalho-de-meus-colegas-d.html

10.Ter seu trabalho do tópico 6 divulgado por ao menos 04 colegas em seus blogs:
http://carollcaastroo.blogspot.com/2011/06/meu-trabalho-divulgado-por-4-colegas-d.html

Entrevista :D

1. Qual a sua graduação?

R. SOU BIÓLOGO, ESPECIALISTA EM BIOLOGIA E QUÍMICA E MESTRE EM BIOPROSPECÇÃO MOLECULAR(LINHA DE PESQUISA: MICROBIOLOGIA E QUÍMICA DE PRODUTOS NATURAIS) PELA UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI - URCA

2. Quais as razões que o levaram a se dedicar ao seu trabalho?

R. PROPORCIONAL UMA MELHOR QUALIDADE DE VIDA A SOCIEDADE E FONTES ALTERNATIVAS DE TRATAMENTO DE INFECÇÕES

3. O que você está pesquisando, trabalhando atualmente?

R. ESTOU DESENVOLVENDO TRABALHO DE ALTERAÇÃO DA RESISTÊNCIA BACTERIANA A ANTIBIÓTICOS EM MODELOS VIVOS.

4. O que você recomenda para os jovens que pensam seguir esse mesmo caminho?

R. ESTUDO, DEDICAÇÃO E AFINIDADE PELA ÁREA DE ATUAÇÃO.

5. O que aprende o aluno que fizer esse curso?

R. CONHECER O METABOLISMO DE DIVERSOS MICROORGANISMO E DESENVOLVIMENTO DE NOVOS FÁRMACOS E FONTES ALTERNATIVAS DE PRODUTOS COM AÇÃO ANTIMICROBIANA.

6.Quais seus interesses atuais?

R. ESTABALECER O MODELO DE AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE MODULADORA DA RESISTÊNCIA BACTERIANA IN VIVO, RESSALTANDO QUE NÃO HÁ ESTUDOS OU MODELOS NESTA ÁREA.

7. Qual a importância dessa área no Brasil?

R. ATUALMENTE, NÃO SÓ O BRASIL, MAS TUDO O MUNDO DEPARA-SE FREQUENTEMENTE QUE APARIÇÃO DE BACTÉRIAS COM ALTA RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS HOJE PRODUZIDOS, COM ESTE ESTUDO APRESENTAREMOS UMA NOVA ALTERNATIVA PARA COMBATER ESTE PROBLEMA.
 Entrevistei o Professor Edinardo Fagner Ferreira, Biólogo.


sábado, 11 de junho de 2011

Felizz

MUITOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO FELIZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ

Meu trabalho divulgado por 4 colegas. :D

4) Raiza Ulisses: http://raizaulisses.blogspot.com/

Divulgando o trabalho de meus colegas ;D

1.Daiana de Sousa Turma 201.1: http://
2.Isabela Fechine Turma 201.1: http://isafechineodonto.blogspot.com/2011/05/meu-video-gincana-de-genetica.html
3.Anatiana Medeiros Turma 201.1: http://medeirosodonto.blogspot.com/2011/06/minha-visita-apae.html
4.Caio Raull - Turma 201.1 (História e estrutura do DNA)
http://caioraull.blogspot.com/2011/05/blog-post.html#comments
10.  Natã Cavalvante (manhã): diariosdeodontologia.blogspot.com ehttp://portersidoobvio.blogspot.com
11. Raiza Ulisses: http://raizaulisses.blogspot.com/

quarta-feira, 8 de junho de 2011

MEU PAINEL

MEU MARCA PÁGINA

DIVÃ


Se não era amor, era da mesma família. Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados: a carência, a saudade, a mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, só não se sabe se vai ser antes ou depois de se chocar contra o solo. Eu bati a 200 km por hora e estou voltando á pé pra casa, avariada. Eu sei, não precisa me dizer outra vez. Era uma diversão, uma paixonite, um jogo entre adultos. Talvez este seja o ponto, talvez eu não seja adulta o suficiente para brincar tão longe do meu patio, do meu quarto, das minhas bonecas. Onde é que eu estava com a cabeça, de acreditar em 
contos de fada, de achar que a gente muda o que sente, e que bastaria apertar um botão que as luzes apagariam e eu voltaria a minha vida satisfatória,sem seqüelas, sem registro de ocorrência? Eu não amei aquele cara. Eu tenho certeza que não. Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada.Não era amor,era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, eram dois travesseiros. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. 

NÃO ERA AMOR ERA MELHOR

(MARTA MEDEIROS.)



MINHA MOLÉCULA DE DNA

Texto de CAIO FERNANDO ABREU

“Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa.
Acredito que essa moça, no fundo gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.
Estranho e que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é?
A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?
A moça…ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar.
Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera?
E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará.
A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca – levanta e segue em frente.
Não por ser forte, e sim pelo contrário… Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.”
(Caio Fernando Abreu)












AMOOOOOOO OS TEXTOS DELE ME AJUDA MUITO..

VISITA NA APAE!














Melhorr Festa do Mundoo ( Victor e Leo e Avioões)

10º Fichamento

Ciência & Educação, v. 11, n. 2, p. 223-233, 2005

A CONSTRUÇÃO COLETIVA DO CONHECIMENTO
CIENTÍFICO SOBRE A ESTRUTURA DO DNA

Scheid.N.M.J; Ferrari.N; Delizoicov.D

O modelo de dupla hélice, atualmente aceito para descrever a estrutura da molécula
de DNA, é atribuído a James Watson e Francis Crick, por sua publicação na Revista Nature,
de 25 de abril de 1953. Hoje, passados mais de cinqüenta anos desde esta publicação, muito
já se escreveu sobre a história desse fato científico em livros e artigos.”(...)   (Pg 225)

“Ao buscar, na literatura, artigos sobre a história da biologia molecular, percebe-se
que, embora a publicação da estrutura do DNA tenha ocorrido em 1953, as evidências do
DNA como material responsável pela informação genética surgiram muito antes. Em meados
da década de 1880, já se falava no núcleo como sede da hereditariedade e que a cromatina (ou
cromossomos) constituía o material genético (MAYR, 1998).”
(Pg225)

“O termo biologia molecular foi proposto por Warren Weaver, da Fundação
Rockefeller, em um relatório publicado na revista Science, de 1938, para descrever como os
fenômenos biológicos podem ser compreendidos fundamentalmente pelo conhecimento das
estruturas das moléculas e das interações e das alterações destas. Gradualmente foi sendo utilizado
para designar mais especificamente as pesquisas relacionadas aos genes, mas apenas em
1953 é que se percebeu de forma dramática esta correlação estrutura-função, com a proposição
da dupla hélice (WEAWER, 1970; NOUVEL, 2001; MENEGHINI, 2003).
Entretanto, como já foi mencionado na introdução, desde a década de 1880 havia a
idéia de que o núcleo poderia ser a sede da hereditariedade, de que a cromatina (ou cromossomos)
constituía o material genético e, mais tarde, de que os genes poderiam ser moléculas,
apesar de não existir um consenso dentro da comunidade científica a respeito.
Em 1869, quando ainda não havia antibióticos e as infecções hospitalares eram
muito comuns, o médico, fisiólogo e químico orgânico suíço Friedrich Miescher (1844-1895),
trabalhando com células purulentas, extraiu uma substância que hoje conhecemos como sendo
o DNA, e chamou-a de nucleína. A síntese desse seu trabalho com DNA foi publicada em
1871. Ele, contudo, nunca encarou a nucleína como portadora de informação genética, e seu
trabalho foi pouco relevante no meio científico da época, que via as proteínas como as únicas”
moléculas com a complexidade estrutural necessária ao material genético (OLBY, 1994;
MAYR, 1998; HAUSMANN, 2002).

9º Fichamento

A participação da genética nas dependências químicas
Rev. Bras. Psiquiatr. v.21  s.2 São Paulo out. 1999
Guilherme Peres Messas


“Este artigo procura examinar a questão da herdabilidade nas dependências químicas. Através da revisão de estudos em famílias, em gêmeos e de adoção, encontramos evidências para afirmar a importância dos fatores genéticos na transmissão da vulnerabilidade às dependências.”

“O estudo do componente genético nas dependências químicas sofre da mesma dificuldade experimentada pelos demais transtornos da psiquiatria: a indefinição fenotípica, ou seja, a dificuldade de delimitar fronteiras claras para as categorias diagnósticas.1 No entanto, diversos estudos vêm examinando o tema, com resultados significativos, que apresentaremos mais abaixo. Apresentaremos os estudos divididos em dois grupos, os estudos epidemiológicos e os moleculares.”

“No entanto, ao longo da exposição, lançaremos o foco à dependência de álcool e de cocaína, pelo número mais volumoso de estudos no primeiro caso e pela importância atual em termos de saúde pública no segundo caso, servindo ambos como modelos gerais para os grupos das dependências.”

“Utilizando-se de uma modelagem de dados mais complexa, Cadoret et al.26 demonstraram dois trajetos genéticos que levariam à dependência de álcool e outras drogas: um com proveniência direta de um pai com diagnóstico semelhante e o outro através de um diagnóstico paterno/materno de transtorno de personalidade anti-social; esses achados fornecem importante insumo para o exame de distintas vulnerabilidades para os transtornos, sendo fundamentais para guiar os estudos moleculares.”

“Diversas condições de suscetibilidade vêm sendo demonstradas para dependência de álcool, podendo ser grosseiramente repartidas em dois subgrupos: As relativas ao traço de personalidade e aquelas relacionadas à ação bioquímica da droga no organismo.”

“Antes, no entanto, descreveremos as duas formas de realização de trabalhos em genética molecular: os estudos de ligação e os de associação. Nos primeiros, procuram-se genes de maior efeito, ou seja, para um determinado transtorno, busca-se aquele gene que possa ser capaz de, por si só, causar o desenvolvimento do distúrbio. Os estudos de associação investigam a participação de genes candidatos dentro do transtorno, ou seja, eles verificam em que percentual um determinado gene tem influência. É, portanto, o desenho mais apropriado para o estudo de fenótipos complexos, como o alcoolismo.”

“3. Os trajetos para o gênese do abuso/dependência de drogas são múltiplos, compreendendo caminhos específicos para cada droga e outros gerais para todas as drogas; possivelmente os casos individuais sejam misturas, em variadas proporções, destes distintos trajetos.”

8º Fichamento

Caracterização molecular de acessos de mandioca biofortificados com potencial de uso no melhoramento genético

Eduardo Alano Vieira et. AL



“A mandioca apresenta potencial como fonte de carotenóides na alimentação humana, em especial β-caroteno (nas raízes amarelas) e licopeno (nas raízes rosadas). Assim, a possibilidade da mandioca ser, além de fonte de calorias, uma fonte de vitaminas e antioxidantes, é encarada como forma de melhorar a nutrição dos habitantes de países em desenvolvimento.”

“A mandioca apresenta potencial genético para ser fonte de carotenóides e licopeno para a alimentação humana. No caso dos carotenóides, em especial de β-caroteno, precursor da vitamina A, presente em genótipos com raízes de coloração amarela (IGLESIAS et al., 1997; MEZZETE et al., 2009; NASSAR et al., 2007).”

“Foram analisados 20 acessos de mandioca mantidos no Banco Regional de Germoplasma de Mandioca do Cerrado (BGMC), consistindo de: i) 10 acessos com cor da polpa da raiz amarela, incluído dois recomendados para o cultivo no nordeste brasileiro; ii) oito acessos com cor da polpa da raiz rosada, incluído um recomendado para o cultivo no nordeste brasileiro; e iii) dois acessos melhorados recomendados para o cultivo na região Centro-Sul do Brasil, sendo um com cor da polpa da raiz creme e outro com cor da polpa da raiz branca”

“Com base na matriz de similaridade foi construído um dendrograma, por meio do método de agrupamento da distância média (UPGMA). O ajuste entre a matriz de similaridade e o dendrograma foi estimado pelo coeficiente de correlação cofenética (r), conforme Sokal e Rohlf (1962), por meio do programa computacional NTSYS pc 2.1 (ROHLF, 2000).”

“Os 12 iniciadores utilizados no estudo geraram um total de 144 bandas, sendo que destas 120 (83%) foram polimórficas e 24 (17%) foram monomórficas (TAB. 2). O número de bandas polimórficas (BP) por iniciador variou de 17 (OPD-18) a 4 (OPH-10), o conteúdo da informação de polimorfismo (CIP), variou de 0,35 (OPG-09) a 0,10 (OPD-08) enquanto que o índice do marcador variou de 4,48 (OPF-08) a 0,48 (OPH-10). Esses resultados revelaram que 67% dos iniciadores empregados no estudo detectaram mais de sete bandas polimórficas por iniciador, os CIPs e IMs de 75% dos iniciadores foram superiores a 0,20 e 1,40, respectivamente, revelando o elevado poder descriminativo e a boa capacidade multiplex dos mesmos e a eficiência da técnica de RAPD em estudos de quantificação e organização da variabilidade genética em mandioca.”

“Não foi observada tendência de agrupamento dos acessos em função do local de origem/procedência tendo sido detectados agrupamentos de acessos de diferentes locais (TAB. 1 e FIG. 1). Essa ausência de estruturação da diversidade genética pode ser explicada pelo fato da haver uma constante troca de genótipos entre os produtores de diferentes regiões o que gera dificuldades na identificação da origem exata dos acessos e possibilita a recombinação genética entre acessos de diferentes origens (COLOMBO et al., 2000; DUPUTIÉ et al., 2009; ZACARIAS et al., 2004).”

“Os marcadores RAPD mostraram eficiência na determinação da variabilidade genética entre acessos de mandioca com cor da polpa da raiz amarela, rosada, creme e branca, diferenciaram os acessos melhorados dos demais acessos e revelaram uma tendência de separação dos acessos com cor da polpa da raiz rosada dos com cor da polpa da raiz amarela.”

7º Fichamento

Portadores de deficiência a questão da inclusão social
MACIEL, M. R. C.






Hoje, no Brasil, milhares de pessoas com algum tipo de deficiência estão sendo discriminadas nas comunidades em que vivem ou sendo excluídas do mercado de trabalho. O processo de exclusão social de pessoas com deficiência ou alguma necessidade especial é tão antigo quanto à socialização do homem.” 
“A estrutura das sociedades, desde os seus primórdios, sempre inabilitou os portadores de deficiência, marginalizando-os e privando-os de liberdade. Essas pessoas, sem respeito, sem atendimento, sem direitos, sempre foram alvo de atitudes preconceituosas e ações impiedosas.” 
“Nos últimos anos, ações isoladas de educadores e de pais têm promovido e implementado a inclusão, nas escolas, de pessoas com algum tipo de deficiência ou necessidade especial, visando resgatar o respeito humano e a dignidade, no sentido de possibilitar o pleno desenvolvimento e o acesso a todos os recursos da sociedade por parte desse segmento.” 
“Os pais ou responsáveis por portadores de deficiência, por sua vez, também se tornam pessoas com necessidades especiais: eles precisam de orientação e principalmente do acesso a grupos de apoio. Na verdade, são eles que intermediarão a integração ou inclusão de seus filhos junto à comunidade.”
“As dificuldades são imensas para sensibilizar executivos de empresas privadas, técnicos de órgãos públicos e educadores sobre essa questão. Um sentimento de omissão aparece, consciente ou inconscientemente, em técnicos, executivos e burocratas, quando necessitam decidir sobre o atendimento às necessidades dos portadores de deficiência.”
“O futuro é outra dimensão que também não pode ser esquecida, pois é preciso estar preparado para a rápida evolução tecnológica destes novos tempos, que influencia e modifica o processo educativo e a nossa relação com a construção do conhecimento.”
“A prática da desmarginalização de portadores de deficiência deve ser parte integrante de planos nacionais de educação, que objetivem atingir educação para todos. A inclusão social traz no seu bojo a equiparação de oportunidades, a mútua interação de pessoas com e sem deficiência e o pleno acesso aos recursos da sociedade. Cabe lembrar que uma sociedade inclusiva tem o compromisso com as minorias e não apenas com as pessoas portadoras de deficiência.”

6º Fichamento

O DIAGNÓSTICO ANTECIPADO DE DOENÇAS GENÉTICAS E A ÉTICA

Professor Volnei Garrafa,Artigo publicado originalmente na Revista O Mundo da Saúde, São Paulo - SP, v. 24, n. 5, p. 424-428, 2000 – Republicação autorizada pelo autor.


"Apesar de situações bioéticas persistentes (como oaborto e a eutanásia) continuarem dividindo o mundo em posições opostas e quase inconciliáveis, e em que pese as novas técnicas reprodutivas terem ocupado os principais espaços da mídia internacional na década passada (no que se refere às situações bioéticas emergentes), a pauta bioética do início do século XXI aponta dois temas que concentram apreferência das atenções dos pesquisadores, estudiosos, grande imprensa e demais interessados na matéria. Os temas são: a genética (incluindo o projeto genoma humano),pelo lado das novidades; e, surpreendentemente, a saúde pública e coletiva, pelo lado dosvelhos problemas que - se o atual estado de coisas permanecer inalterado - não serão resolvidos tão cedo de modo satisfatório pela inteligência humana." 
"O domínio de técnicas relacionadas com o melhor conhecimento do DNA, passou a possibilitar o diagnóstico pré-natal de problemas genéticos e a identificaçãodos portadores de genes de risco, ou seja, genes sadios, mas que podem dar origem a criança com alguma doença genética. Se por um lado esses exames ou teses preditivos(antecipados) permitem o aconselhamento a casais que, devido a seus antecedentes familiares ou individuais, correm o risco de gerar uma criança deficiente, por outro criam uma série de questionamentos éticos, desde a indicação de um "aborto terapêutico" até uma futura limitação de um cidadão na sua atividade laboral. Algumas doenças relacionadas com certas mutações genéticas, como a betatalassemia (uma forma de anemia hereditária que incide em certas populações mediterrâneas), a anemia falciforme (que ataca preferencialmente negros e que por longo tempo causou problemas em Cuba) ou a doença de Tay-Sachs (que causa graves distúrbios neurológicos entre judeus da América do Norte e Israel), são exemplos positivos de como testes confiáveis, simples e baratos podem trazer resultados positivos. O que não se pode é generalizar, seja no que se refere a testes de aplicação individual ou coletiva, seja no período pré-natal ou na idade adulta." 
"O perigo que ronda todo esse contexto é a transformação de um "risco genético" na“própria doença”, alterando perigosamente o conceito de "normal" e de "patológico", tão bem esclarecido por Ganguilhem, com suas conseqüências indesejáveis de toda a ordem,especialmente sociais." 
"Afora algumas poucas doenças em que o gene, isoladamente, desenvolve a patologia de modo inexorável (como no caso da doença ou coréia de Huntington), são raras as situações onde não ocorram interações entre os genes e o meio ambiente. Trata-se, portanto, além de uma análise adequada do que seja ou não "normalidade", também de uma decisão com relação à "valores". O aprofundamento e a melhor interpretação de questões com esta, exigem cada vez mais a atenção da bioética." 
"Um livro publicado nos EUA sobre pontos de vista opostos em bioética, trata exatamente das dificuldades acima apontadas. Em um dos capítulos, Catherine Hayes, diretora de uma entidade norte-americana que congrega famílias que possuem membros portadores da doença de Huntington, defende ferrenhamente os benefícios individuais e familiares dos testes preditivos." 
"Posição oposta a essa é definida no capítulo seguinte da mesma obra pela procuradora pública Theresa Morelli, cujo pai teve um diagnóstico presuntivo (provável) da doença de Huntington. Embora ela não tivesse sintoma da doença e sequer tivesse realizado exames preditivos, seu nome foi automaticamente incluído na "lista cinza" das companhias norte-americanas de seguro-saúde como possível portadora do problema. O simples diagnóstico do seu pai (que depois se mostrou equivocado, ou seja, ele não era portador da doença) foi estampado na capa do seu prontuário, no banco de dados nacional das poderosas companhias seguradoras sediado em Boston, alijando-a da possibilidade de acesso a qualquer tipo de seguro-saúde. Esse incidente levou a senhora Morelli a procurar entidades de direitos humanos, denunciando com vigor a utilização discriminatória dos testes genéticos pelos empregadores e companhias seguradoras."
"O pesquisador Christian Munthe publicou em 1996, através do Centro de Pesquisas Éticas de Gotemburgo, um interessante estudo intitulado "Raízes morais dos testes prénatais", que trata do desenvolvimento histórico do tema na Suécia. O autor baseia sua análise em três perspectivas. A primeira, denominada "visão oficial", é aquela tipicamente abraçada pelos médicos especialistas daquele país, na qual o diagnóstico pré-natal é a base para o aconselhamento genético; esta perspectiva não dá espaço à coerção (no sentido da definição de um possível aborto, por exemplo), pressões ou manipulação, caracterizando-se pelo respeito à autonomia das pacientes. A segunda é chamada de "meta preventiva", e tem como propósito prevenir o nascimento de crianças com defeitos genéticos sendo, portanto, muito controvertida do ponto de vista filosófico e moral. A terceira é denominada de "motivos econômicos", e analisa os testes pré-natais a partir da ótica da redução de custos, que significa para a sociedade evitar crianças com desordens genéticas." 
"Lucien Sfez é um cientista social francês que publicou um interessante livro chamado "A Saúde Perfeita - crítica de uma nova utopia". Para ele, as mudanças genéticas possíveis - vegetais, animais e humanas - alteraram o transcurso da história. A história, que tinha uma narrativa longa, foi substituída por narrativas curtas e fragmentadas. Estamos, portanto, longe do "fim da história" desenhado por Francis Fukuyama. A engenharia genética nos devolve uma nova história; reinventa e renova a história. O perigo, no entanto, reside no fato da técnica vir a dominar o mundo, a sociedade, a natureza, sem mediação científica e sem conflitos sociais."
"Neste sentido, um exemplo paradigmático é exatamente aquele do uso cada dia maior de testes genéticos na vida cotidiana das pessoas. Questões como o aborto, passam a ser colocadas não somente nos casos de más-formações, mas também de anomalias cromossômicas. Para os adultos, surge a questão da notificação do defeito (ou "doença") genético. A notificação deve ser feita somente ao indivíduo portador de gens "ruins", ou também à sua mulher, filhos, irmãos e demais parentes? Em particular nos Estados Unidos, as conseqüências disso tudo são da maior seriedade social, pois não somente empregadores e empresas seguradoras, mas também escolas e mesmo cortes de justiça, buscam respostas de alta eficácia, com custos mais baixos e menores riscos. E utilizam, cada vez mais, a técnica dos testes."
"Desta forma, os testes preditivos passam a ir além dos procedimentos médicos, criando verdadeiras categorias sociais, empurrando o indivíduo para quadros estatísticos. Os problemas sociais são reduzidos às suas dimensões biológicas. As doenças mentais, a homossexualidade, o gênio violento ou o próprio sucesso no trabalho, são atribuídos à genética. As dificuldades escolares - antes explicadas pelas desigualdades culturais ou nutricionais - são hoje imputadas a desordens psíquicas de origem genética, excluindo quase completamente os fatores sociais com elas relacionados. Após testes pré-natais, companhias seguradoras ameaçam não cobrir as despesas médicas de uma criança cuja mãe teria sido alertada que um dia esta criança seria vítima de um problema genético."
"Concluindo, devo dizer que o controle social sobre qualquer atividade de interesse público e coletivo a ser desenvolvido, é sempre uma meta democrática. Nem sempre ele é fácil de ser exercido. No caso da bioética, da genética e, especificamente, dos testes preditivos, a pluri-participação é indispensável para a garantia do processo. O controle social – por meio do pluralismo participativo - deverá prevenir o difícil problema de um progresso científico e tecnológico que reduz cidadão a súdito, ao invés de emancipá-lo. O súdito é o vassalo, aquele que está sempre sob as ordens e vontades de outros, seja do rei ou de seus opositores. Essa peculiaridade é absolutamente indesejável em um processo no qual se pretende que a participação consciente da sociedade mundial adquira papel de relevo. A ética é um dos melhores antídotos contra qualquer forma de autoritarismo e de tentativas de manipulação."

5º Fichamento

Polimorfismo genético associado à doença periodontal na população brasileira
HOÇOYA, L. S.; JARDINI, M. A. N. Polimorfismo genético associado à doença periodontal na população brasileira: revisão de literatura. Rev Odontol UNESP, Araraquara. set./out.; 39(5): 305-310,  2010.



A doença periodontal é um dos problemas de saúde bucal que mais acomete a população brasileira. Alguns estudos têm mostrado que a distribuição da doença não é semelhante se forem comparados países desenvolvidos e em desenvolvimento, assim como as populações urbanas e as isoladas. Dentre as variáveis associadas a um maior ou menor risco para a periodontite, destacam-se: fumo, idade, nível socioeconômico, raça, gênero, nível de instrução, frequência de atendimento odontológico, dentre outras.
O polimorfismo genético é a variação genética na sequência de alelos, na sequência de bases nucleotídicas ou na estrutura cromossômica, que ocorre com uma frequência maior que 1% na população. O tipo de polimorfismo em evidência na literatura é o de base única, conhecido como Polimorfismo de Nucleotídeo Único (SNP), que consiste em uma variação da identidade de um nucleotídeo singular num sítio particular do genoma.
A presença de um polimorfismo pode implicar em mudança no código genético, que é a relação entre a sequência de ácido desoxirribonucleico (DNA) e a sequência da proteína correspondente, levando a alterações no genótipo (sequência de bases), afetando ou não o fenótipo, que determinará a função proteica. Ou seja, pode influenciar o nível de secreção de substâncias e variações nas respostas imunológica e inflamatória individuais frente a uma agressão bacteriana..
O primeiro trabalho comprovando a correlação entre a doença periodontal e a interleucina 1 (IL-1) foi de Kornman, em 1997; a partir de então, muitos estudos vêm sendo realizados com o objetivo de associar gene do polimorfismo com a periodontite. Polimorfismos nos genes da IL-1 estão entre os mais estudados na população brasileira. Esta é uma citocina pró-inflamatória que está envolvida no início e na progressão da destruição do tecido conjuntivo e ósseo. Potente estimulador de reabsorção óssea, da produção de proteases e da síntese de ácido araquidônico, substâncias estas diretamente relacionadas à periodontite.
Os polimorfismos têm suas frequências e distribuições variando consideravelmente conforme diferenças raciais e têm sido usados como marcadores genéticos para localizar os genes causadores das doenças por meio dos estudos das heranças. Porém, a presença de um polimorfismo genético não deve ser considerada como diagnóstico para a doença periodontal. Ele deve atuar como indicador de prognóstico, auxiliando o profissional a optar pela melhor conduta de tratamento, uma vez que a escolha da terapia é baseada não só na destruição periodontal que o paciente apresenta, mas também no seu risco de desenvolver problemas periodontais mais severos.

4º Fichamento

ASSOCIAÇÃO ENTRE DOENÇA PERIODONTAL E PATOLOGIAS SISTÊMICAS

FARIAS, I. et al. Associação entre doença periodontal e patologias sistêmicas. Rev Port Clin Geral. 22:379-90, 2006.


Doença Periodontal (DP) é uma infecção crônica, produzida por bactérias gram-negativas, com níveis de prevalência elevados, sendo a segunda maior causa de patologia dentária na população humana de todo o Mundo.
É definida como uma doença sujeito e sito-específica, que evolui continuamente com períodos de exacerbação e de remissão, resultando de uma resposta inflamatória e imune do hospedeiro à presença de bactérias e seus produtos.
A sua progressão é favorecida pelas características morfológicas dos tecidos afetados, o que a distingue de outras doenças infecciosas. As manifestações clínicas da doença são dependentes das propriedades agressoras dos microrganismos e da capacidade do hospedeiro em resistir à agressão.
Embora o mais importante mecanismo de defesa resida na resposta inflamatória que se manifesta inicialmente como gengivite, variações na eficácia protetora do processo inflamatório e o potencial patogênico das bactérias podem ser a causa principal das diferenças encontradas na susceptibilidade à Doença Periodontal. O processo inflamatório desencadeado pode culminar com a instalação de uma periodontite.
Gengivite Define-se como uma inflamação superficial da gengiva onde, apesar das alterações patológicas, o epitélio de união se mantém unido ao dente, não havendo perda de inserção. É uma situação reversível, caso sejam removidos os fatores etiológicos (bactérias). Contudo, tem um papel precursor na perda de inserção ao redor dos dentes se os fatores etiológicos não forem eliminados.
A Periodontite corresponde a uma situação de inflamação com destruição do periodonto e ocorre quando as alterações patológicas verificadas na Gengivite progridem até haver destruição do ligamento periodontal e migração apical do epitélio de união. Existe uma acumulação de placa bacteriana, ao nível dos tecidos mais profundos, causando uma perda de inserção por destruição do tecido conjuntivo e por reabsorção do osso alveolar.
Macroscopicamente, a gengiva apresenta- se eritematosa com sinais de inflamação. No entanto, esta característica pode não estar presente, como acontece nos pacientes fumadores nos quais a vasoconstrição provocada pelo tabaco simula ausência de inflamação.
Das associações observadas entre o estado de Saúde Oral e as Patologias Sistêmicas crônicas, a maior ligação é entre a Doença Periodontal e a Diabetes Mellitus. A Diabetes afeta cerca de 177 milhões de pessoas em todo o Mundo e a Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê que este número possa duplicar até 2030 devido ao envelhecimento populacional, hábitos alimentares incorretos, obesidade e sedentarismo.
As complicações orais desta patologia são múltiplas e incluem xerostomia, risco aumentado de carie dentária e presença de problemas periodontais (75% dos pacientes diabéticos).
A Doença Periodontal é considerada a sexta complicação da Diabetes e encontra-se bem documentado na literatura que indivíduos com Diabetes Mellitus têm um elevado risco de sofrerem de Doença Periodontal. Na verdade, não é só a prevalência da Doença Periodontal que está aumentada em indivíduos diabéticos, também a sua progressão e severidade é mais rápida e agressiva.